Deepfake: Saiba os Riscos e Por Que Você Precisa se Proteger (2024)

Deepfakes se tornaram bem comuns nos últimos anos, e é muito importante entender melhor os riscos dessa tecnologia e como se proteger.

Mas, para começar, vamos relembrar o que é deepfake: deepfakes são vídeos, imagens ou áudios produzidos com a ajuda de aprendizado de máquina e inteligência artificial para criar uma mídia falsa, usando o que chamamos de Generative Adversarial Network, ou GAN.

Basicamente, um deepfake app combina um conteúdo verdadeiro (tipo um vídeo) com o rosto de outra pessoa, para criar uma mídia falsa. Um exemplo disso são os geradores de imagens IA, que você já deve ter usado para ver como seu rosto vai ficar daqui a 30 anos.

Infelizmente, nem todos os usos desse tipo de tecnologia são inofensivos. Daí já dá para entender que conteúdos desse tipo podem causar muito problema para as vítimas.

Neste artigo, vamos te contar os riscos em detalhes e por que você precisa se proteger. Já adiantamos que uma boa medida é usar uma VPN premium para blindar a sua conexão de hackers.

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Riscos de deepfakes web

Fake news e crimes virtuais são os principais riscos associados aos deepfakes, e é bom entender como eles podem representar uma ameaça e uma dor de cabeça na sua vida.

1. p*rnô falso

Assim como muita coisa bizarra na internet, os deepfakes se originaram de postagens do Reddit, nesse caso, feitas por um usuário que se autodenominava justamente “Deepfakes”. Foi ele quem, digamos, automatizou o processo de usar inteligência artificial e aprendizado de máquina com ferramentas de código aberto para criar e postar vídeos p*rnográficos transformados com os rostos de celebridades e pessoas famosas no fórum.

Embora sua conta tenha sido banida, os deepfakes foram usados de forma avassaladora para criar vídeos p*rnográficos falsos desde então. Uma pesquisa da empresa de segurança cibernética Deeptrace, por exemplo, constatou que 96% dos deepfakes são relacionados a p*rnô.

Embora nem sempre os resultados sejam realistas, afinal, as ferramentas disponíveis a um público mais leigo dificilmente geram um conteúdo de alta qualidade, ter seu rosto associado a um vídeo do tipo pode ser bem traumático para a vítima.

2. p*rnô de vingança

Embora o uso de deepfakes para fazer vídeos p*rnô enganosos seja extremamente preocupante, o uso para p*rnô de vingança é ainda mais assustador, já que parte do princípio de que quem cometeu provavelmente tem ou teve algum tipo de relacionamento com a vítima.

A maioria desses casos impacta especificamente mulheres, pois elas são as vítimas em mais de 90% dos casos. No Brasil, a prática da p*rnografia de vingança é crime desde 2018, e a pena prevista é de um a cinco anos de reclusão.

3. Extorsão sexual

A extorsão sexual é o principal exemplo de como deepfakes podem causar prejuízos reais na vida de alguém. Trata-se de um golpe no qual os criminosos chantageiam as vítimas para que elas enviem dinheiro, sob a ameaça de liberar vídeos comprometedores seus.

Em sites ou apps de deepfake, os criminosos criam montagens p*rnográficas com os rostos das vítimas. E, mesmo que a pessoa prejudicada saiba que o conteúdo é falso, pode sentir que não tem outra opção senão pagar, já que as fotos ou vídeos podem ser bastante realistas.

Em janeiro de 2021, a Avast pesquisou, identificou e bloqueou mais de 500 mil casos de extorsão sexual contra seus clientes. Embora nem todos esses casos sejam de deepfakes, esse dado mostra o tamanho do problema e o potencial para crimes do tipo.

4. Phishing

A mesma tecnologia usada para extorsão sexual pode ser usada para phishing. Em campanhas de phishing, os criminosos fingem ser outra pessoa para obter informações valiosas ou fazer com que pessoas tomem determinadas medidas.

Quer um exemplo bem real disso? O CEO de uma empresa do Reino Unido foi enganado e transferiu US$ 240 mil para um fraudador. Isso porque ele acreditava estar falando com seu chefe no telefone, que pediu que transferisse essa quantia com urgência. Depois, acabaram descobrindo que a voz tinha sido produzida por um deepfake app.

5. Fake news

Num mundo onde as fake news parecem contribuir para muitas tragédias no mundo todo, os deepfakes se tornaram uma ferramenta poderosa de propaganda.

Existe uma preocupação considerável com o uso de deepfakes para influenciar eleições e causar agitação social. Por exemplo, na guerra em Gaza, já foram criados deepfakes com imagens devastadoras da guerra (mas falsas), inclusive de crianças em meio a escombros.

Quando se trata de política, é bom prestar atenção nos sinais reveladores de deepfake para não se deixar enganar.

Como se proteger de deepfakes

Criar um deepfake realista exige um grande investimento de tempo e dinheiro. A menos que haja um forte incentivo, é improvável que um criminoso faça um vídeo deepfake seu se você é um usuário de internet comum.

Independentemente disso, você pode tomar algumas medidas para limitar a possibilidade de um deepfake seu ser criado em plataformas mais acessíveis ao público, como Deepfakes Web e DeepFaceLab.

1. Limite o número de fotos e vídeos compartilhados

Não vamos dizer para você parar de compartilhar fotos suas online, até porque essa é uma dica pouco realista. No entanto, é bom saber que quanto mais fotos suas estiverem disponíveis na internet, mais fácil fica para os cibercriminosos empregarem tecnologia de deepfake para criar algo com sua imagem.

Isso porque os vídeos deepfake mais realistas só podem ser criados com um grande conjunto de dados de fotos e vídeos de uma pessoa.

Por isso, antes de postar algo, pergunte-se se você realmente precisa publicar essa imagem. Se puder, diminua a quantidade de fotos suas publicamente disponíveis. Também é uma boa ideia usar formatos de consumo rápido, como Stories do Instagram ou vídeos do Snapchat, que desaparecem depois de 24 horas.

Ah, e se você sabe editar fotos, dá para inserir uma marca d’água digital no seu conteúdo para evitar o uso em deepfakes.

2. Feche seus perfis nas redes sociais

A maioria das plataformas de redes sociais permite manter os perfis privados. Recomendamos habilitar essa configuração, já que ela limita a quantidade de pessoas — e hackers — que têm acesso às suas fotos. Além disso, você pode escolher restringir as pessoas que podem marcar você em fotos ou interagir com seu perfil. Isso também impede que suas fotos fiquem visíveis publicamente.

3. Proteja sua atividade online com uma VPN

Também é importante garantir que seus dispositivos estejam protegidos para que seus dados (incluindo imagens e vídeos) não sejam vazados tão facilmente. Isso pode ser feito com uma VPN premium, que ajuda no anonimato online.

Embora usar uma VPN não proteja diretamente suas fotos ou vídeos, ela impede que sua atividade online seja espionada. Os hackers normalmente identificam alvos quando vasculham o histórico de navegação ou interceptam a conexão com a internet. Usar uma VPN é mais uma medida de segurança geral que pode ajudar a proteger sua conexão dos criminosos e de olhares curiosos.

Recomendamos para isso a Surfshark, que é uma VPN com excelentes recursos de segurança e privacidade, além de ter excelentes velocidades e um ótimo custo-benefício. Ah, e dá para pagar com Pix ainda por cima, o que faz dela uma ótima VPN para o Brasil.

4. Use um antivírus

A maioria de nós armazena fotos e vídeos nos próprios dispositivos. Se eles forem invadidos por um hacker, as imagens podem ser usadas para criar deepfakes. Portanto, é importante garantir que seu dispositivo não tenha malware, como trojans e vírus.

A melhor forma de manter seu dispositivo sem malware é usar um antivírus confiável, como o Norton 360. Ele não só procura ameaças no seu dispositivo, mas também bloqueia ameaças externas da internet.

5. Avise a polícia

Se um deepfake com você foi criado e está circulando online, você pode reportá-lo imediatamente na rede social na qual foi compartilhado. Os deepfakes violam as diretrizes da maioria das plataformas, portanto, o conteúdo deve ser tirado do ar com agilidade.

Além disso, você também pode avisar a polícia e fazer um boletim de ocorrência.

Conclusão: como se proteger de deepfake online

Os deepfakes vieram para ficar, e a tendência é que a tecnologia melhore com o tempo. Infelizmente, esse recurso pode ser usado para causar danos irreparáveis e prejuízos financeiros — além de gerar consequências jurídicas, pois podem ser usados em golpes que visam o roubo de identidade.

Portanto, é bom tomar algumas medidas, como reduzir a quantidade de fotos postadas online, fechar perfis em redes sociais de fotos e usar uma VPN para proteger sua conexão, evitando que ela seja interceptada.

Para isso, recomendamos a Surfshark, que também vem com o recurso CleanWeb para detectar malware em sites e bloqueá-los antes mesmo que eles cheguem em você, além de trazer inúmeros outros benefícios, como desbloqueio de streamings.

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Natália MazzilliAutor

Tradutora e copywriter

Natália é tradutora e copywriter, e usa sua experiência prática nas áreas de publicidade e marketing como base para o seu trabalho diário. Como profissional criativa, sua paixão é comunicar ideias para os mais diversos tipos de pessoas, sempre com uma abordagem empática à localização e à adaptação de conteúdo.

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